quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Eu assassino?
Hoje me dei conta que me tornei desde que saí do ventre de minha mãe, um assassino diário e não sabia. Minha mãe foi minha cúmplice também e o pior de tudo é que minha crueldade assustou-me deveras. Não pestanejei em nenhum minuto ao praticar estes atos cruéis de sobrevivência e você deve se perguntar: sobrevivência?
É sim, sobrevivência, ou elas ou eu e se vai chorar a minha mãe que chorem as mães delas.
Assassinei-as sem pensar as duas e sem nenhuma dó.
Requintes de crueldade? Não nenhum.
Juiz para analisar a situação e promover a sentença? Pra quê?
Sou réu confesso. E daí?
É bem capaz dele também estar na mesma situação, ter suspeição e não poder me julgar.
Eu nasci assim, cresci assim, vou ser sempre assim e vou morrer assim.
A satisfação pelos fatos sempre foi muito grande e o prazer melhor ainda.
O Café da manhã, almoço e jantar além dos intervalos foram as pontes para os homicídios qualificados.
Assassinei a fome e a sede, por tabela, ao tomar minha primeira mamada na minha mãe quando nasci.
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Quem ainda não passsou por esta situação se perguntando a mesma coisa?
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