terça-feira, 15 de maio de 2012
Caranguejobol no carnaval
O carnaval deste ano foi, no mínimo, diferente. Fui convidado a participar de um retiro espiritual que, diga-se de passagem, foi muito bom, mas não esperava tantas atividades como as que aconteceram.
Algumas situações de rotina como as de voltar para casa à noite para não deixar a casa sozinha, deixar o cachorro solto “por causa dos ladrões”, etc... foram peculiaridades não tão importantes.
O que chamou a atenção mesmo foi termos participado de duas partidas de caranguejobol (eram só 3 times) num campo de futebol enlameado e embaixo de uma garoa fininha.
Para quem não conhece esta atividade , como eu não conhecia, o caranguejobol é jogado com os participantes apoiados com as mãos e os pés no chão , não podendo deitar ou virar de bruços, mas sim de costas para o solo. Dá pra imaginar a situação? Para compensar o ridículo, os goleiros podem ficar em pé.
As nossas partidas foram hilárias, pois todos os acampados participaram, inclusive as crianças (tivemos uma de 10 anos em nosso time que marcou gols), os jovens sempre empolgados viram suas forças esvaírem-se rapidamente nesta atividade, mas as companheiras estimulavam a todos, os casados contavam com a torcida da família e não queriam decepcionar e nem deixar a “peteca” cair.
O dia seguinte poder-se-ia ver o estrago causado nos “ais” e “uis” em cada movimento que a assistência fazia ao ser estimulada pelo pregador a levantar as mãos, bater palmas ou dançar. Isto só vendo!
sexta-feira, 11 de maio de 2012
FORÇA
Força para vencer
Os obstáculos que surgem
Força para vencer
Os ataques na mente
Força para vencer
As maldades do mundo
Força para vencer
As desigualdades sociais
Força para vencer
As armadilhas da convivência
Força para vencer
As desistências momentâneas
Força para vencer
As saudades dos queridos
Força para vencer
O amor escondido
Força para vencer
O olhar furtivo
Força para vencer
Porque:
O desistente nunca vence, mas o vencedor nunca desiste
quinta-feira, 10 de maio de 2012
SE QUISER
Se quiser falar, fale
Se quiser gritar, grite
Se quiser se expor, exponha-se
Se quiser mostrar, mostre-se
Mas,
Veja o que o mundo oferece
Veja as pessoas falando, se abrindo
Se explicando, se doando
Seja discreto,
Observe...
Seja dono do seu silêncio
Sem se deixar vulgarizar
Não seja prisioneiro das suas palavras
Seja sábio,
Olhe pra cima
Para o alto
Aprenda a lição
Da crucificação
Seja você
Edredon
Embaixo do edredon os corpos quentes se tocam
Se envolvem, se juntam, se completam
Beijos e carícias completam o aquecimento
O cheiro exalado é perfume dos amantes
Alegria dos cônjuges enamorados
Edredon parceiro, cúmplice,acolhedor
O frio externo contrastando com o calor da cobertura
Frio natural de uma frente fria repentina
Frio oportuno, muito bem-vindo
Frio fortuito, forçado pela central condicionadora de ar
Quarto fechado, luz apagada ... meia luz, sons abafados
Ruído peculiar da satisfação
Dia de frio pra não esquecer...
Do edredon
Guerreiro Menino
Desde a concepção uma luta ferrenha
Será o feto ou a mãe no parto
Os dois foi o ultimato
A fé nunca foi abalada e sim confirmada
Guerreiro menino com cateter e incubadeira
Com fios e tecnologia
Com amor de uma enfermeira dedicada
Que não media esforços por uma vida
Por um médico determinado e complacente
Que viu no guerreiro um jovem ardente
Guerreiro pra sempre na luta da vida
Que faz da vitória diária
A vida
Guerreiro valente em busca da vida
Soprava com força o cateter medida
Guerreiro valente que por alguns dias
Nos fez padecer com noites de insônia
Mas teve um dia que sem cerimônia
Entre risos e Lágrimas nos trouxe alegrias
A volta pra casa
Na primeira vez
Foi fato marcante
Que DEUS nos refez
A urna
O candidato estava
eufórico naquela apuração.
Afinal depois de tantos
anos lutando sindicalmente, tendo galgado o cargo de Secretário
Municipal e de olho na Secretaria Estadual, ele teria a real chance
de conseguir chegar lá e realizar o seu tão almejado sonho. Era
muita alegria para compartilhar com os amigos, correligionários,
familiares, simpatizantes, membros dos partidos de coligação,
enfim, todos os que participaram da campanha vitoriosa. O coração
batia descompassadamente a cada urna que fora aberta e cada voto
computado a seu favor. Os gritos de alegria juntavam-se às somas dos
matemáticos do Partido que já faziam previsões de quem iria
conseguir a sua vaga pelos votos e pela legenda com as coligações,
numa complicada soma que só eles entendiam.
E o suor escorria por
todos os poros, causados pelo nervosismo e pela ardente expectativa
iminente de vitória naquele pleito. Estava tudo certo, corria tudo
bem e só faltavam as urnas que viriam do interior, dos chamados
ribeirinhos cujo número não era assim tão expressivo, afinal o
candidato era o primeiro colocado de seu partido e nada poderia
fazê-lo perder aquela vaga a não ser que viessem 80% dos votos para
o seu adversário que aparentemente não tinha força política
naquela região, a apuração era questão de se fazer oficial aquilo
que já se sabia como certo: a vaga do candidato.
Alguém resolveu soltar
um rojão e gritar que o candidato já estava eleito, os “analistas
“ das rádios entraram também na euforia não acreditando numa
virada impossível e a festa antecipada começou.
Os barris de chopp
foram encomendados às pressas, os salgadinhos comprados no comércio
24 horas e o som ficou por conta dos caminhões utilizados na
campanha e os jingles eram repetidos ininterruptamente. O pula-pula e
frases de “já ganhou”, “ esse é o cara”, “é o melhor”
e por aí iam se multiplicando. A turma não parava mais. Era um
explosão de alegria só.
No dia seguinte, quando
todos acordaram e verificaram as apurações completadas, veio o
“balde de água fria”: as urnas restantes deram a tão inusitada
porcentagem de votos para o adversário virar a mesa e levar a vaga
tão sonhada e festejada antecipadamente.
O golpe era duro
demais, as pessoas ainda estavam um tanto atordoadas , quando
começaram as gozações dos adversários sobre a festança de
véspera e o porre de decepção no dia seguinte. Não se falava
outra coisa na cidade e no bairro do candidato. As opiniões eram as
mais diversas. A decepção era tamanha que somente o que restou ao
candidato foi refugiar-se no sítio a alguns quilômetros da cidade
até se refazer do susto e da frustração. Como foi possível? Como
o adversário pode ter 92% dos votos dos ribeirinhos? O que é que
ele tinha feito de errado? As formiguinhas tinham sido mal pagas ou
os “presentes” não chegaram às mãos certas? Tinha que avaliar
tudo isso, mas uma coisa era certa: tinha sido derrotado. O
candidato mantinha-se ainda confiante de que algo estava errado nas
informações e não se deixava abater por noticias“ruins” vindas
dos “assessores”. A confirmação oficial do T.R.E. pôs fim ao
tão sonhado cargo. Agora era esperar os ânimos se acalmarem, ver
com o Partido onde se encaixaria no próximo governo ou se esperaria
as próximas eleições. Era questão de tempo e isso ele teria de
sobra por mais dois anos e para passar a “vergonha” o candidato
saiu em férias para o Nordeste em lugar incerto e não sabido.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
DIA DE PROVA
Olhares furtivos
Atentos
Sonolentos
Pensamentos vagos
Inocentes
Maliciosos
Vozes abafadas
Eloqüentes
Nervosas
Esganiçadas
Sala de aula em dia de prova
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