sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

SEGUE O LIDER


       
                                         JESUS, O LÍDER A SER IMITADO


- Segue o líder! 

Essa frase durante o ano de 2019 no Brasil, para os aficionados por futebol foi repetida inúmeras vezes pelos líderes do Campeonato Brasileiro de Futebol e para delírio de uma determinada torcida que viu o seu time sair vencedor do torneio.
Em alguns momentos, a euforia de alguns contrastava com a decepção de outros. As informações e contra informações sobre o andamento, substituições, dia a dia de cada participante faziam a torcida acompanhar com avidez cada rodada para ter a certeza da vitoria de uns e da derrota de outros.
O vencedor ainda não havia acertado o seu rumo e patinava nas partidas disputadas e o comando do time passou a ser de um profissional de outro país (Portugal) e com sobrenome JESUS que teve um desafio grande de reorganizar a sua equipe para seguir em frente nas competições seguintes. Tornou-se líder.
O líder sofria retaliações de todos os lados, mas continuava seguindo em frente. As partidas eram emocionantes e as derrotas foram suprimidas pelo excesso de vitórias, algumas com o misto de alívio e de vingança.

Traço aqui um paralelo:

Jesus era um tipo de líder que nós precisamos ser – um líder de fé. Seja um líder assim! Um líder que as pessoas possam ter segurança em seguir, em se espelhar. Queira ser um espelho de fé para as pessoas. Aprenda a descansar no Senhor. Precisamos de ministros que sejam homens e mulheres de fé, que saibam controlar as emoções. Medite na Palavra e saiba chamar à existência o que você quer ver no natural. Não existe outro segredo!
Devemos imitar exemplos de fé. Como ministros e como líderes, a nossa vida deve ser seguida. Pessoas devem olhar para nós e, além do resultado, ver uma fé que elas possam imitar.
Quem segue líderes humanos muitas vezes fica desapontado. Mas o efeito da liderança de Cristo sobre os que a aceitam é muito diferente. Jesus disse:” Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.  Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. A liderança de Jesus reanima e edifica. Ele tem grande interesse pelos humildes e oprimidos, e os convida a aceitar seu bondoso jugo. Mas o que significa seguir a liderança de Jesus?
Jesus foi e é o maior líder de todos os tempos. Nunca houve alguém com vocação tão suprema, ministério tão eficaz, liderança tão exemplar e legado mais duradouro. Como líder, ele tinha uma clara consciência de sua pessoa, da sua missão e do seu dever de formar discípulos que continuassem sua obra. Em seu estado de humilhação Jesus aprendeu a depender do Pai em tudo e todas as suas escolhas ministeriais, desde o chamado aos discípulos até seu triunfo na cruz, foram feitas em oração e submissão.
Estudar sobre o ministério de Jesus é descobrir que nunca houve ou haverá um líder como ele, mas todos os líderes cristãos são desafiados a ser como Cristo.
Por isso a frase teve tanto efeito: - Segue o líder, JESUS! 
                             (Não o do esporte, mas o da Palavra de DEUS)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Aquele Abraço

Fomos criados com muito amor e dificuldades por nossos avós. Família grande de 2 filhos não sobreviventes , 9 vivos, 4 adotados, e troucentos netos que viviam em um mesmo teto . Época de poucos recursos, muito trabalho e uma ditadura militar que limitava as ações de quem quer que seja.
A lembrança palpitante daquele  dia chuvoso, frio, com ventos gélidos típicos do inverno carioca entrando pela porta entreaberta da sala. Era um dia especial para mim: havia voltado para casa outra vez depois de passar alguns dias na casa em que me criei devido àquela "visita" ao meu avohai que estava convalescendo de um C.A.de garganta adquirido por mais de 40 anos como fumante.

O velho Sobreira lutava bravamente contra aquela comiseração lenta, silenciosa,maligna e mortal com um brio digno de um soldado ferido cujo rei lhe diz que conta com ele. Era o retrato decadente de um militar que sabia da sua ferida mas mantinha vigilância no posto e não se deixava abater. Ficávamos aflitos ao ouvir suas tosses secas e longas, o arfar de seu peito que ouvíamos da sala ao lado de seu quarto. O clima era sombrio, mas a esperança de um milagre era acesa vez por outra pela sua eterna ajudadora -minha avó- que esteve ao seu lado todo o tempo desde o diagnóstico fatídico.
As suas palavras não saem da minha mente e soam como se fossem as bençãos de Israel aos seus filhos, especialmente quando disse:- José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte, cujos galhos se estendem sobre os muros. Os flecheiros lhe deram amargura e o flecharam e perseguiram. O seu arco , porém, permanece firme e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo DEUS de seu pai, o qual te abençoará com bençãos do abismo que jaz embaixo, com bençãos dos seios e da madre. As bençãos de teu pai excederão as bençãos de meus pais até o cimo dos montes eternos, elas estarão sobre a cabeça de José e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos. Gênesis 49: 22-26. Só a leitura deste trecho me arrepia e me traz às lágrimas quando comparo as situações.

Meu avô levantou-se, ainda meio fraco pela doença, fez questão de me dar um abraço e me abençoar. O aperto de sua mão foi firme como sempre fazia e o seu abraço bastante emocionado, de quem sabe que o seu fim está próximo, me fizeram gravar aquele momento na memória. Aquele abraço apertado, com cuidado meu para não machucá-lo, cuidei para aninhá-lo na cama e cobrir-lhe o corpo emagrecido. Fiquei firme contendo as lágrimas que queriam rolar olhos abaixo e rodeei a cama para dar um beijo de despedida em minha avó. Parei um instante na porta, olhei para os dois ali juntinhos e gravei aquela imagem na minha memória e disse a mim mesmo que um dia iria contar isto aos meus filhos. Faço mais; conto isto a você que está lendo e sabe o quanto faz falta um ente muito querido que damos risadas quando lembramos das nossas aprontações e das repreensões dele conosco, sempre de uma forma firme, dura mas aberta. Éramos corrigidos sabendo o porque das correções. Seu Santinho marcou definitivamente nossas vidas e na minha ficou uma lição eterna de um tio-avô-pai que deu tudo o que podia dar de melhor aos seus com todas as suas limitações e deixou –nos um legado de Amor e Carinho como marca de nossa tão diversificada Família.



Os anos se passaram e a promessa da benção tem se cumprido conforme ele me disse naquele dia. Sua voz era profética ao afirmar que no norte eu acharia aquilo que procurava tanto (DEUS), a pessoa para ser feliz (minha esposa) , a prosperidade a muito buscada (ele se referia à dignidade de ter um lar, que entendi na hora por tudo o que tínhamos passado) e com um beijo no rosto me olhou bem dentro dos olhos e disse num sussurro: - Seja feliz meu filho, DEUS te abençoe!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vai entender?



 

Os gritos vindos do banheiro não deixavam dúvida: o pequenininho estava com problemas !

O pai coruja que tudo gravava do mascote ficou sem entender depois da tradicional pergunta:

 – O que foi que aconteceu?

- o cocô foi embora...

- mas filho, o cocô tem que ir embora mesmo, ele é sujo.

- mas é meu. Eu quero de volta

- filho. A gente faz cocô , dá descarga e o cocô vai embora

- mas o meu não!

- o seu, o do papai, o da mamãe, o da maninha...

- o meu não!

- porque não?

- por que é meu. Eu quero de volta...

- Volta cocô. Cadê você?

- Ele foi embora, filho...

- Eu quero, eu quero...

- sabe pai, vou fazer outro...

- faz , mas ele vai embora também...

- Num vai ,não!

- Vai sim!

- e porquê?

- Já falei , o cocô tem que ir embora mesmo, ele é sujo.

- Mas é meu. Eu quero, é meu!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Agbara Dudu

                                                                            

Nos anos 80, toda  sexta- feira à noite era o dia da negrada se encontrar no pagode da Quitanda e depois esticar até Madureira onde  rolavam os ensaios do Bloco Afro Agbara Dudu na sua sede mais famosa ( Rua Ernesto Lobão, 44). Era época das famosas Noites da Beleza Negra, dos Ensaios de Rua Pré-Carnaval, dos Terreirões Senzala, enfim de uma fase de autoafirmação da Consciência Negra em seu apogeu. Era um verdadeiro desfile de figuraças e  tinha de tudo: do mais humilde faxineiro ao mais ilustre catedrático, fora os pretensos e posteriores políticos partidários de plantão. A minha comadre Vera Mendes era a cicerone- mor  de todo Terreirão e comandava com um jeito bem organizado, sem gritos ou estresses uma galera imensa em cada detalhe ( ela parecia ter um computador na cabeça, pois lembrava-se de tudo e de todos como a sua mãe – a Tia Maria).
                                                               
A casa relativamente pequena,  geminada, com  2 quartos, sala, banheiro e cozinha que dava pros fundos do terreno onde tinha um outro banheiro minúsculo usado pelos homens e onde rolava o famoso terreirão. Era a maior concentração de negões por metro quadrado que se tem notícia. Ninguém sabia explicar como com tanto calor que se faz no Rio a galera fazia questão de se apertar naquele espaço.                                                                                      
Num desses terreirões, um dia, aconteceu uma cena que me ficou gravada eternamente: Estávamos ensaiando para  participarmos de uma ala na  Escola de Samba Vila Isabel no Carnaval de 1988 e a rua estava literalmente lotada. Os atabaques e os outros instrumentos haviam sido colocados na parte da frente da casa e o som do vocal parte na rua , parte no quintal . Era um fuzuê de gente que ficava difícil de transitar na calçada, pois no meio da rua o saudoso Hugo Tobias coordenava as coreografias ora dos homens, ora das mulheres , até fazermos todos juntos. O pessoal da percussão também não ficava atrás e o sonzão agitava o tempo todo. A Alcinéia Martins se revezava com a Néia Ramos, o Rubinho do Afro e a Dinha. Até então eram músicas novas e antigas que todos sabiam de cor, mas uma delas levantava o povão e esta foi a cena que me impressionou. O Gabriel Lopes havia dado espaço pra outro percursionista que não me lembro quem era e  de repente a Alcinéia começou a cantar – “Arerê, Arerê rê ê ô , Agbara quando passa faz minha terra tremer...” , era o “hino” do Agbara. Gente que estava num bate papo voou para a rua, juntou –se quem tinha suas coreografias com quem sabia a letra, com quem estava na empolgação e até quem não sabia nada num burbulhão  e levantar e abaixar de corpos só, daí  uma expressão pode ser ouvida: - É o Gabriel quem está tocando, eu conheço essa batida! E era desse jeito mesmo até ele cansar de tocar e o povo de dançar.
 
                                                                     
Naquele dia nós extrapolamos ainda mais pois um visitante ilustre deu o ar da graça. Seu nome? Martinho da Vila. Dá pra imaginar a cena, antes de um carnaval que seria ganho pela Vila?
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A dor de um Pai


Quando Davi perdeu seus filhos em luta interna da sua família o nome que ele mais falava era dor no coração, uma dor que não se explica não se descreve não se quer pra ninguém. DEUS quando nos deu o Seu único filho mostrou toda a sua dor quando os céus tornaram-se enegrecidos como a noite e quando Jesus disse: - Está consumado! A dor foi tanta que o véu do templo se rasgou de alto a baixo o véu tinha mais ou menos 18 metros de altura e 12 cm de grossura e que cavalos puxando o véu dos dois lados não podiam parti-lo. A narrativa no livro de Êxodo nos ensina que esse grosso véu era feito de material azul, roxo e escarlate e de linho fino torcido. O véu era a barreira que separava o homem da presença de Deus, pois somente 1 vez ao ano, uma única pessoa (o sumo sacerdote) podia entrar no santíssimo lugar e oferecer sacrifícios a Deus. Esse sumo sacerdote representava o povo diante de Deus. E agora quem faz isso? Nós e nossos pais por nós.
Dor que não sai da cabeça, do coração, que persiste e insiste em não sair mesmo que atenuada pela saudade da ausência. Tentar explicar? Como diz a poesia de Brunna Luisa “E dói toda vez que me lembro dele, é como se fosse uma ferida ainda aberta, um hematoma permanente. E mesmo que seja uma dor quase mortal, não consigo evitar minha mente de sempre remoer o passado. E me pego pensando em todo esse tempo longe dele, que me fez morrer aos poucos, perdendo o meu sentido, dia após dia. Pego aquela velha caixa de recordações e abro sobre a mesa, as fotos já perderam o brilho, e algumas coisas não fazem mais sentido. E diante disso, a dor me corrói novamente, em pensar que as memórias são tão vivas só para mim. Quando a vida faz suas surpresas, e leva as pessoas que amamos, o mundo fica sem cor, e não há substitutos ou tintas coloridas que possam resolver o problema. É quase como se a sua alma tivesse partido junto, levando a leveza do ritmo das batidas do seu coração. Algumas pessoas não entendem e nunca vão entender. Mas prefiro que seja assim, não me importo, é complexo demais para ser explicado. Mas, posso garantir, que nem tudo se refere ao passado, as vezes é só o meu jeito exagerado de usar as palavras”
Lembro-me que meu avô sempre orava pela manhã ao se levantar e muitas das vezes o ouvíamos clamar em um sussurro por cada um de nós e era nome a nome até chegar ao mais novinho. que memória ! Pois eram 9 filhos naturais e 6 de criação , cada um com mais dois filhos em média. Quando perdemos nosso tio Aroldo Santos ele me fez ver o quanto a aliança de um casamento faz com que as famílias se unam. Durante o velório, ficou quieto em um canto e ali permaneceu até o ato de sepultamento, quando ao sairmos da capela ele disse com voz firme sem gritar: - Vão vocês, eu não vou enterrar meu filho, a dor é muito forte, prefiro ficar com a minha última imagem dele brincando lá em casa! Como eu compartilhava da mesma opinião fiquei quieto ao seu lado até que todos voltassem. Esta cena me marcou demais e até hoje não consigo ir a um enterro (inclusive não fui ao dele).

Tempos depois também perdemos o meu primo César; ele ficou do mesmo jeitão quieto que pensei estar tramando alguma vingança sozinho por ser ex-policial, logo desisti da ideia quando ele e a minha tia Marlene reuniu-nos em família e decretaram que não haveria retaliações para ninguém e que um abismo chama a outro abismo. Quando pensamos em amenizar estas dores, protagonizei a cena que me marcou para o resto de minha vida: Meu primo Aroldinho perdeu seu filho de maneira trágica que chocou toda a família: o menino cordato e gentil,que tinha diversas amizades,era um exemplo para sua irmã e um excelente amigo para seus pares foi ceifado violentamente e cruelmente como um qualquer. Bem de longe, estando a milhares de quilômetros do fato pude sentir no coração a dor da perda. Até escrever estas linhas me dói e as lágrimas brotam nos olhos, mas DEUS é o Consolador e está no comando de tudo ainda que não concordemos ou aceitemos. Meu primo me deu uma lição: Apesar da dor da perda, ele ainda teve forças para escrever ao assassino e PERDOOU-O.
DOR curada com o AMOR de JESUS no coração. Não tenho mais palavras para expressar tamanho sentimento. 


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Carece não!


Essa quem me contou foi o Dominguinhos, nosso garçon-mor no TJRO.

Lá em Xapuri no Acre iam, numa estrada empoeirada e na boleia de uma caminhonete, o Padre José e o Lascanheta – um cascateiro de mão cheia- quando o Padre José vira-se e diz:
- Olha lá uma agulha Lascanheta.
Ato contínuo o beato lhe responde:
-Carece de pegar não Padre José; tá com o fundo quebrado!


Garçon !





Essa é mais uma do Dominguinhos-nosso garçon -mor do TJRO.

- Garçon, tem uma mosca no meu prato!
- Isto é desenho do prato,doutor!
- Mas,tá se mexendo.
- É que é desenho animado em 3 D!