quinta-feira, 15 de setembro de 2011
LIBIDO
Os olhares compartilham-se
As palavras vêm sussurradas depois do primeiro momento
O toque é inerente às vontades
Os pelos e a pele eriçam-se, arrepiam
Os lábios molhados, pela saliva, brilham
E entreabertos denunciam o envolvimento
Eletricidade excitante e pujante no ar
Fetiches
Carícia, Bulinação, Apalpação
Mãos percorrendo corpos, cabelos
Os mamilos hirtos querendo atravessar os tecidos das blusas
Intimidade
Os corpos latejam
Pulsam
Se entrelaçam
Vivos
Estreitados pelo vínculo
Carentes de exploração
O arfar da respiração torna-se denso
Raios incandescentes de lascívia percorrem a pele
O olhar já à meia pálpebra
Os grunhidos eclodem como um vulcão em ebulição
Oriundos das profundezas das misturas dos seres
O ápice da profusão chega
Os gritos são abafados pelos travesseiros
Os lençóis serão as testemunhas e guardiães dos odores
De um final feliz
Sussurros novamente
Salivas entrelaçadas
Mãos lentamente voltando ao frenesi
Num efeito regenerador
Farol ligado
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